O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), tornou pública uma grave denúncia de extorsão que alega ter sofrido por parte do promotor de justiça Zanony Passos Filho, titular da 32ª Promotoria de Justiça Especializada. As acusações surgem no contexto de investigações sobre a destinação de emendas para instituições sociais, relacionadas à operação "Véu de Maquiavel", que teve como alvo um grupo de vereadores da capital.
Segundo o relato de Paulo Victor, o envolvimento com o promotor começou quando este, enquanto secretário de estado da Cultura, buscou regularizar questões específicas da Secretaria junto ao vereador. Inicialmente, estabeleceu-se um diálogo harmonioso, mas posteriormente, alega o vereador, evoluiu para uma situação de extorsão.
O presidente da Câmara detalhou encontros e mensagens comprometedoras, incluindo solicitações de cargos e valores por parte do promotor. Paulo Victor afirmou que a extorsão teria começado quando se recusou a atender tais demandas.
O vereador relatou ainda um encontro em um restaurante da capital, onde o promotor teria notificado sobre uma prestação de contas de emenda parlamentar da entidade "Força do Amor". Durante o depoimento, destacou mensagens frequentes e perturbadoras, incluindo a solicitação de cargos para familiares do promotor.
Paulo Victor alega ter resistido às pressões e negado os pedidos de cargos adicionais, o que teria desencadeado uma série de perseguições. Ele compartilhou episódios em que o promotor teria enviado mensagens ameaçadoras, inclusive mostrando fotos da família do vereador e indicando que ele estaria sendo investigado.
Diante das alegações, Paulo Victor anunciou que buscará medidas legais para afastar o promotor Zanony de qualquer investigação, e solicitou a intervenção do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na situação. O vereador também mencionou ações judiciais em andamento, destacando que as implicações políticas serão apresentadas em momento oportuno.
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