A ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu na segunda-feira (26) com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) para debater o enfrentamento à dengue na região. Desde 2023, o ministério está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico da dengue no Brasil, coordenando uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses em todo o território nacional. Ao longo das últimas semanas, a ministra tem intensificado encontros e reuniões com diferentes atores da sociedade civil e níveis de governo para alinhar as estratégias de enfrentamento e cuidado com os pacientes de dengue. O foco, neste momento, é salvar vidas e evitar o agravamento de quadros.
“Nossa ideia é pensar ações que não permitam que o Nordeste viva o que estamos vendo em outras regiões em relação à dengue. É importante discutirmos ações para mitigar esse surto de dengue, que acontece de forma diferente no Brasil”, destacou a ministra. O Nordeste tem apresenta a menor incidência de casos de dengue até o momento. Até esta segunda-feira (26), os estados da região concentravam, 27,9 mil casos e 6 óbitos por dengue, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Participaram do encontro representantes dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Durante a reunião, as unidades federativas atualizaram o cenário da doença em cada localidade.
Entidades médicas e especialistas apoiam ações do Ministério da Saúde de combate e cuidado com a dengue
Os diferentes momentos da epidemia em todo o país requerem abordagens e estratégias diversas, por isso, a coordenação do Ministério da Saúde tem sido fundamental no apoio e orientação de estados e municípios quanto a abordagem adequada para cada localidade. Atualmente, o país tem 920 mil casos de dengue e 184 óbitos, segundo dados consultados nesta segunda-feira. Distrito Federal, seis estados e 126 municípios decretaram emergência pela doença até o momento. Com destaque para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Nestes locais, embora o combate ao Aedes aegypti siga fundamental, o cuidado com os pacientes e a atenção aos sinais de alerta para o agravamento de quadros é o fator preponderante para salvar vidas. “É muito importante estarmos juntos na questão que se coloca do combate à dengue que causa epidemias, no plural, uma vez que não é um processo único em todo o território”, explicou a ministra Nísia Trindade em encontro com as entidades médicas ocorrido na última quarta-feira (21).
A ministra destacou a importância de reforçar com os profissionais a importância do guia de diagnóstico e manejo clínico da dengue, revisado e republicado neste ano pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente Departamento de Doenças Transmissíveis (SVSA). Os representantes das entidades presentes (Hiran gallo, Conselho Federal de Medicina; Cesar Fernandes, Associação Médica Brasileira; Sandro Oliveira, Associação Brasileira de Educação Médica) corroboraram com a estratégia de reforçar a comunicação com os profissionais para melhor abordagem técnica dos quadros que se apresentam e se colocaram à disposição do Ministério da Saúde para auxiliar na divulgação de materiais e outras informações.
No mesmo dia, em encontro com especialistas de diferentes entidades, a ministra agradeceu as colaborações para o enfrentamento deste problema de saúde pública e destacou as ações do Ministério da Saúde no reforço da vigilância, combate ao vetor e apoio técnico e financeiro a estados e municípios para realização de ações emergenciais. Para este ano, a pasta tem reservado R$ 1,5 bilhão em recursos que devem ser destinados às localidades que enfrentam emergências de dengue em todo o país. Em 2023, R$ 256 milhões foram repassadas para todas as Unidades Federativas para esse fim.
Além dos representantes de Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), estiveram presentes Claudio Maierovich, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); Isabela Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm); Ricardo Heinzelmann, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC); Alberto Chebabo, da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI); Marcio Safadi, diretor do Departamento de Pediatria e Puericultura do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP); Renato Kfouri e Clovis Constantino, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Rosalina Sudo, da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN); Patrícia Mello, Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Fonte: Ministério da Saúde
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