A Assembleia Legislativa do Maranhão, em parceria com o Ministério Público Estadual, promoveu nesta quarta-feira um Café da manhã com profissionais da mídia no Auditório Neiva Moreira. O encontro teve como tema principal "O impacto da mídia na prevenção ao suicídio" e realçou a necessidade de tratar com cuidado a divulgação de notícias sobre esse assunto sensível. O evento contribuiu para a campanha Setembro Amarelo, reforçando a importância da conscientização sobre a prevenção do suicídio
A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), demonstrou seu compromisso com o assunto e ressaltou que o Legislativo tem a responsabilidade não apenas de criar leis, mas também de promover debates essenciais para a sociedade. Ela enfatizou a importância de abordar notícias tristes sem recorrer ao sensacionalismo, visando proteger a privacidade e bem-estar das pessoas.
A promotora de Justiça Cristiane Lago, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direito Humanos e Cidadania, juntamente com o projeto 'Rede do Bem' em colaboração com o Fórum Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (FEPAS/MA), destacou o papel crucial dos profissionais da mídia na prevenção desses casos. Ela alertou para os riscos de divulgação inadequada, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que podem causar um efeito multiplicador desses episódios, conforme indicam estudos científicos.
O psiquiatra Ruy Palhano alertou sobre a gravidade do problema do suicídio no mundo moderno e a necessidade de ações como essa. Ele observou que, apesar das variações nos números de casos de suicídio em todo o mundo, o Brasil enfrenta um aumento dessas taxas.
O evento contou também com a participação dos deputados Roberto Costa (MDB), Antônio Pereira (PSB), Ricardo Rios (PCdoB) e Júnior Cascaria (Podemos), além de profissionais da mídia, da área da saúde e representantes de instituições focadas em saúde mental. A diretora de Comunicação da Alema, jornalista Jacqueline Heluy, enfatizou a responsabilidade dos comunicadores ao lidar com um tema tão sensível, destacando que o sensacionalismo não deve prevalecer.
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