Ser mãe vai além de qualquer rótulo
- Pra Começo de Conversa

- 10 de mai.
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Por Karina Lindoso
Neste Dia das Mães, quero falar sobre algo que carrego no coração: não existe “mãe disso” ou “mãe daquilo”. Mãe é mãe. E pronto. Vivemos em uma sociedade que ainda tenta rotular a maternidade: mãe biológica, mãe adotiva, mãe solo, mãe de primeira viagem, madrasta… Mas no fundo, o que define uma mãe não é a biologia, o estado civil ou a forma como seus filhos chegaram até ela. O que define uma mãe é o amor. É a entrega. É o cuidado.
Falo com propriedade, porque sou mãe de duas crianças que chegaram até mim pelo caminho da adoção: Carmen e Ricardo. Minha amada Carmen faleceu aos três anos, em 2014,após luta contra leucemia, e Ricardinho, meu garotinho amado e muito esperto, já está com 9 anos. Não fui eu quem os gerou no ventre, mas fui eu quem os acolheu no colo, nos braços, na vida. Sou eu quem acorda à noite para ver como está a febre, quem ouve as histórias da escola, quem dá bronca e quem consola. Sou eu quem sente o coração acelerar ao olhar o sorriso e ouvir o choro. Sou eu quem embala minha Carmen no coração todos os dias e vigio o sono do meu Ricardinho.
Quando eu e meu marido Ricardo decidimos adotar, sabíamos que estávamos escolhendo amar sem medida, sem rótulos e sem barreiras. A maternidade me transformou, não porque me tornei “uma mãe diferente”, mas porque descobri o que muitas mulheres descobrem ao se tornarem mães: que nosso coração se expande de forma inexplicável.
Neste domingo, desejo que todas as formas de maternidade sejam celebradas. Que a gente abrace a mãe que gera, a que cria, a que ama, a que escolhe. Que possamos ensinar às nossas crianças que o amor não tem rótulo. Que ser mãe não é sobre quem deu à luz, mas sobre quem dá a vida, todos os dias, com gestos de carinho, paciência e coragem.
Ser mãe é ser ponte, casa, ninho e farol. E para isso, não há um modelo a ser seguido. Há apenas o amor. E isso, sim, é o que nos une a todas.
Feliz Dia das Mães!








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