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Crise no PT do Maranhão: Diretório estadual vive disputa interna às vésperas do PED

  • Foto do escritor: Pra Começo de Conversa
    Pra Começo de Conversa
  • 17 de jun.
  • 2 min de leitura

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A poucos dias do Processo de Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores, marcado para o dia 6 de julho, o diretório estadual do PT do Maranhão mergulhou em uma crise sem precedentes. O afastamento do presidente estadual, Francimar Melo, após a impugnação de sua chapa, escancarou a disputa interna que se arrasta há meses e que agora ameaça comprometer a unidade da sigla no estado.


A decisão foi tomada em reunião do diretório estadual realizada no último domingo (16), com 10 votos a favor da impugnação, 5 contrários e uma abstenção. A chapa de Francimar, intitulada “Articulação Petista”, foi acusada de abuso de poder econômico e outras supostas irregularidades durante o processo de inscrição. O pedido de impugnação foi protocolado por membros de correntes internas rivais, como a CNB (Construindo um Novo Brasil), liderada por nomes como Zé Inácio e Raimundo Monteiro, e a corrente RS, do ex-deputado federal Zé Carlos.


O grupo de Francimar nega as acusações e alega que o processo foi conduzido de maneira política e sem provas concretas. Em nota, aliados classificaram o episódio como “perseguição interna baseada em argumentos inconsistentes”. A decisão foi encaminhada para apreciação da Direção Nacional do PT, que poderá referendar ou anular a impugnação.


Apesar da tensão, o calendário do PED está mantido. No entanto, nos bastidores, há temor de que o embate interno prejudique a organização do processo e afaste parte da militância. A disputa reflete um embate mais profundo por espaço no cenário estadual de 2026, quando o PT pretende lançar candidatura própria ao governo, com o nome do vice-governador Felipe Camarão sendo o mais cotado.


A crise também evidencia o enfraquecimento da coesão interna do partido no Maranhão, que nos últimos anos vinha tentando consolidar uma frente unificada. Com a impugnação da chapa de Francimar, abre-se caminho para que outras forças internas disputem o comando da legenda. Nos bastidores, articula-se uma possível candidatura de consenso entre as correntes opositoras, com apoio da executiva nacional.


O desfecho do impasse será decisivo não apenas para o futuro do PT no Maranhão, mas também para as alianças que o partido buscará nas eleições municipais de 2024 e na disputa estadual de 2026. Até lá, a sigla vive dias de incerteza, tensão e expectativa por uma solução que preserve sua força política e evite uma fragmentação ainda maior.

 
 
 

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