Festival Luz Negra ilumina Alcântara com shows de artistas maranhenses e da cantora Daúde
- Pra Começo de Conversa
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O Festival Luz Negra desembarca no próximo fim de semana em Alcântara, levando ao município histórico uma celebração vibrante da cultura afro-brasileira. A praça histórica e central da cidade se transforma em palco para apresentações marcadas por ancestralidade, ritmos pulsantes e homenagens à resistência negra no Maranhão. A cantora Daúde se apresenta juntamente com artistas maranhenses e a Banda Luz Negra.
Ritmos como samba-soul, o afropop e os clássicos que marcaram a trajetória da cantora baiana Daúde estarão no repertório. Somados a essa diversidade, apresentações locais como o Coco Marajá do Cajueiro de Alcântara, o Tambor de Itamatatiua – ALC, o Dj Selekta Rocha (SLZ) e Pantera Black. O Festival Luz Negra assim como foi em São Luís valoriza a cultura quilombola, unindo tradição, modernidade e espontaneidade e promete encerrar a noite em Alcântara, não apenas com a voz potente de Daúde, mas também com um discurso de empoderamento e liberdade.
O Festival Luz Negra, patrocinado pela Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, reafirma seu compromisso em valorizar as expressões culturais afro-brasileiras e os artistas maranhenses. A programação incluiu não apenas shows, mas oficinas e intervenções artísticas que aproximam a comunidade das diversas linguagens da arte negra contemporânea.
A produtora Ana Marques, uma das organizadoras do evento, destacou a importância da circulação do festival pelo estado: “Trazer o Luz Negra para Alcântara é fortalecer o diálogo entre tradição e contemporaneidade. Aqui, cada apresentação é um ato de resistência e de celebração da beleza do nosso povo”, disse o Dj Selekta Rocha.
Além do impacto cultural, o festival também se tornou uma grande oportunidade para a economia local e criativa, movimentando empreendedores, artesãos, comerciantes e produtores da região. Durante o evento, o fluxo de visitantes aqueceu o comércio, ampliou as vendas de produtos típicos e impulsionou a renda de famílias alcantarenses.
Outro ponto de destaque é o potencial do Festival Luz Negra como fomentador do turismo em Alcântara. Realizado em um período considerado de baixa temporada, o evento atraiu visitantes de diferentes regiões do estado, movimentando pousadas, restaurantes e serviços locais. A presença do público reforça o papel da cultura como motor de desenvolvimento e visibilidade para o município. “O festival chega em um momento importante, porque ajuda a manter viva a economia da cidade fora das grandes datas festivas. É uma ação que une cultura, turismo e sustentabilidade local”, ressaltou Ana Marques.
Programação do Festival Luz Negra em Alcântara – 15/ 11 /2025
1- Dj Selekta Rocha (SLZ) -19h
2- Tambor de Itamatatiua (ALC) -19:30h
3- Coco Marajá do Cajueiro (ALC) -20:15h
4- Pantera Black (SLZ) - 21h
5- Daúde (Salvador/ BA) -21:10h
Sobre Daúde:
Com cinco álbuns de estúdio lançados até o momento, Daúde ganhou grande notoriedade e sucesso em 1997 ao lançar a versão em português do hit Pata Pata, música homônima da cantora sul-africana Miriam Makeba. Estudou canto e teatro aos 18 anos, formou-se em Letras (português e literatura) pela Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro e posteriormente fez uma pós-graduação em História Africana.
Daúde é uma das vozes mais marcantes da música afro-brasileira contemporânea. Nascida em Salvador, ela se destacou por unir ritmos africanos, samba, MPB e pop em uma sonoridade original e inovadora, que celebra a negritude e a força feminina. Primeira cantora negra a conquistar o Prêmio Sharp de Música Brasileira, Daúde se tornou referência por sua postura artística engajada, levando aos palcos e às letras temas como identidade, ancestralidade, liberdade e empoderamento.
Com uma carreira consolidada no Brasil e no exterior, Daúde é reconhecida por seu estilo afropop sofisticado, sua presença cênica marcante e pela forma como ressignifica elementos da cultura afro-brasileira em suas performances. Ao longo de sua trajetória, ela tem contribuído para ampliar a representatividade negra na música nacional, transformando arte em instrumento de resistência e afirmação cultural.




