Glauber Braga evita cassação, mas pega 6 meses de suspensão
- Pra Começo de Conversa
- há 11 minutos
- 2 min de leitura

A Câmara dos Deputados decidiu suspender nesta quarta-feira (10) por seis meses o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) em um processo que pedia a cassação do mandato do parlamentar. Foram 318 votos a favor, 141 votos contrários e 3 abstenções.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar havia aprovado uma proposta de cassação de Braga, mas os deputados no plenário decidiram pela punição menor.
Em uma articulação construída em plenário durante a tarde, aliados do deputado conseguiram reverter a sua cassação. A mudança foi uma grande vitória do psolista, dado que mesmo partidos da esquerda davam como quase certa a perda do mandato.
O episódio da ocupação da mesa diretora da Câmara, nesta terça-feira (9), incomodou deputados, que disseram que Braga poderia ter buscado diálogo com os colegas durante o último ano, mas preferiu ações midiáticas para contestar sua punição.
Articulação com o Centrão
Aliados do deputado Glauber Braga buscaram apoio de integrantes do Centrão em prol da pena alternativa. Dessa forma, articularam a aprovação de uma emenda que pudesse alterar a punição de perda de mandato, o que foi defendido por parte do centro.
"Não concordo com a perda de mandato. Sabemos que existe uma rivalidade, mas o parlamento é plural", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP) que defendeu uma pena de suspensão de 6 meses. "Ele não é meu amigo e não quero a amizade dele, mas muitos vem aqui para xingar deputado para se candidatar a deputado depois, muitas vezes provocando."
Deputados da direita afirmaram que a Secretaria de Relações Institucionais entrou na articulação pela manutenção do mandato de Glauber, prometendo liberação mais ágil de emendas. Os governistas negaram.
O secretário de Assuntos Parlamentares da SRI, André Ceciliano(PT-RJ), afirmou que ligou para parlamentares de "diversos partidos", mas negou que tenha oferecido pagamento de emendas em troca de voto.
"Não concordo com a perda de mandato. Sabemos que existe uma rivalidade, mas o parlamento é plural", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP) que defendeu uma pena de suspensão de 6 meses. "Ele não é meu amigo e não quero a amizade dele, mas muitos vem aqui para xingar deputado para se candidatar a deputado depois, muitas vezes provocando."
Deputados da direita afirmaram que a Secretaria de Relações Institucionais entrou na articulação pela manutenção do mandato de Glauber, prometendo liberação mais ágil de emendas. Os governistas negaram.
O secretário de Assuntos Parlamentares da SRI, André Ceciliano(PT-RJ), afirmou que ligou para parlamentares de "diversos partidos", mas negou que tenha oferecido pagamento de emendas em troca de voto.
Durante a votação da suspensão, partidos da oposição se dividiram. O vice-líder do PL, deputado Bibo Nunes (RS) chegou a orientar que o partido votasse pela punição menor, afirmando que eles não teriam votos para garantir a cassação. Acabou destituído da vice-liderança pelo líder do partido, Sóstenes Cavalcante (RJ).
O caso
O pedido de abertura de procedimento contra o deputado foi apresentado após o parlamentar protagonizar embates físicos com o membro do MBL Gabriel Costenaro e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento, em abril deste ano.
Glauber e Costenaro discutiram verbalmente em um dos anexos da Câmara. O desentendimento evoluiu para empurrões e chutes do parlamentar contra o militante do MBL, em tentativa de retirar à força Gabriel Costenaro das dependências da Casa.
Fonte: G1




