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Hamas e Israel chegam a acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns

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    Pra Começo de Conversa
  • 15 de jan.
  • 3 min de leitura


Hamas e Israel chegam a acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns

Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15), após dias de intensas negociações. As autoridades do Catar anunciaram o acordo, que entra em vigor no próximo domingo, dia 19.


Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel.

A represália de Israel já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas. O enclave está destruído e enfrenta uma crise humanitária. A maior parte da população foi deslocada.


O presidente dos EUA, Joe Biden, cuja administração participou nas negociações, comemorou nas redes sociais:


"Hoje, depois de muitos meses de diplomacia intensiva pelos Estados Unidos, junto com Egito e Qatar, Israel e Hamas chegaram a um cessar-fogo e acordo de reféns. Minha diplomacia nunca cessou seus esforços para fazer isso."

Em seu perfil na rede social Truth Social, às 14h02 do horário de Brasília, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também afirmou que o acordo foi aprovado e comemorou:


"Nós temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve

De acordo com a Reuters, o grupo terrorista palestino concordou, ainda pela manhã, com a proposta de cessar-fogo em Gaza e de devolução de reféns compartilhada pelos negociadores do Catar.


Um oficial do Hamas afirmou que ainda não havia dado uma resposta por escrito à proposta. Porém, um representante da Autoridade Palestina contou que a aprovação verbal já havia sido dada e que o grupo só aguardava mais informações para seu aval oficial ao acordo.


O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ainda faltam detalhes a serem acordado. Em nota, eles dizem que o Hamas apresentou e desistiu de uma demanda de última hora, para a retirada de militares israelenses do corredor Philadelphi — o codinome para a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.


"Devido à forte insistência do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, o Hamas desistiu de sua demanda de última hora para mudar a implantação das Forças de Defesa de Israel no Corredor Philapelphi. No entanto, vários itens na estrutura [do acordo] ainda precisam ser finalizados; esperamos que os detalhes sejam finalizados esta noite", diz a nota.

De acordo com a agência Reuters, Israel se comprometeu a retirar suas tropas do Corredor Philadelphi até o dia 50 após o cessar-fogo.

A agência AFP afirma que a trégua também foi aprovada pelo grupo aliado do Hamas Jihad Islâmica.


"As facções da resistência chegaram a um acordo entre si e informaram aos mediadores de sua aprovação do acordo de troca e cessar-fogo", declarou à AFP uma fonte sob anonimato.

Autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, bem como de Israel e do Hamas, participam das negociações.

Em entrevista à rede de TV americana CNN, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou sobre o acordo: "Pode e deve acontecer nas próximas horas".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou nesta quarta que o ministro Gideon Saar estava encurtando sua visita à Europa para poder participar das votações do gabinete de segurança e do governo sobre o tema:


"Após o progresso nas negociações de libertação dos reféns, o Ministro Sa'ar encurtou sua visita diplomática, que estava programada para continuar amanhã na Hungria. Ele retornará a Israel esta noite para participar das discussões e votações esperadas no Gabinete de Segurança e no governo".

Um dia antes, nesta terça-feira, autoridades afirmaram que um acordo estava mais próximo do que nunca, apesar do conflito continuar deixando mortos no território palestino.

Caso a proposta debatida agora seja aprovada, o primeiro passo será um cessar-fogo inicial de seis semanas com a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e uma retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza e o retorno dos palestinos deslocados ao norte do enclave.


Uma segunda fase prevê a libertação de todos os reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada completa dos soldados israelenses. Segundo o site "Axios", 98 reféns israelenses sob o poder de Gaza ainda estariam vivos.


Uma questão mais polêmica e ainda sem resposta é quem governará Gaza depois da guerra. Israel rejeitou qualquer envolvimento do Hamas, que governava Gaza antes da guerra, mas se opôs quase igualmente ao governo da Autoridade Palestina, o órgão criado pelos acordos de paz provisórios de Oslo há três décadas e que tem poder de governo limitado na Cisjordânia.


O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, disse nesta quarta-feira que a Autoridade Palestina deve ser o único poder governante em Gaza após a guerra, ideia que foi defendida nesta terça por Antony Blinken.


Fonte: G1

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