Flávio Dino demonstra ser o quinta coluna na esquerda maranhense. Desde 2010, quando para afastar Dr. Jackson da disputa pelo governo do Estado, disseminou por todo o Maranhão que o ex-governador era ficha suja e teria sua candidatura indeferida, Dino já deixava claro que para alcançar seu projeto de poder não se importaria com limites éticos ou ideológicos.
Sempre fazendo jogo duplo, usando um discurso progressista à frente dos holofotes e por trás seguindo alimentando a máquina governamental do Palácio dos Leões, para cooptar adversários na tentativa de sufocar qualquer um que ouse pensar diferente dele, como fez com presidente da Assembleia, Othelino Neto que, para trair Weverton, recebeu a indicação de sua esposa para a vaga de 1ª suplente de Flavio ao Senado, além da garantia de apoio para sua irmã na disputa por uma cadeira na Câmara Federal.
Para quem entrou na política partidária com um discurso que abominava essas práticas, inclusive responsabilizando a família Sarney pelo atraso maranhense também por conta desse modo de fazer política, o ex-governador mudou bastante a ladainha, e assumiu para si essa postura.
Além de trazer de volta ao centro de decisões do Palácio dos Leões os aliados históricos dos Sarney, contrariando o discurso oficial de Dino, o governador-tampão desesperado para alcançar o 2º turno traz de volta agora ao cenário político estadual Roseana Sarney e toda sua tropa.
Pobre povo maranhense que mais uma vez estará fadado a ser enganado por mais esse estelionato eleitoral.
Com uma conversa mole de que sempre esteve do lado esquerdo do rio, Dino tenta enganar os mais inocentes, mas na verdade, o que está acontecendo no Maranhão é a volta do coronelismo com a ascensão dos expoentes do sarneismo, diretamente pelas mãos do ex-governador ou indiretamente através do governador-tampão.
E a coisa só piora; Com a afirmação do LULA de que em caso de um futuro governo do PT, Flavio seria ministro, mais uma vez o povo estaria sendo ludibriado, uma vez que votaria em Flavio, mas quem assumiria o mandato seria a esposa de Othelino, política sem expressão e qualquer relação com esquerda ou com os trabalhadores.
É exatamente por esse tipo de atitude que a boa política está em baixa e os brasileiros passam a jogar suas esperanças em algo fora dos meios políticos.
Em todo esse contexto a esquerda maranhense tropeça, sofre, mas segue lutando pelas mãos de alguns bravos que não se rendem ao poder pelo poder e não se vendem por cargos e benesses.
Texto: Ricardo Milan
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