Trump adota medida extrema contra o Brasil e Lula reage: “Hoje é o dia sagrado da soberania”
- Pra Começo de Conversa
- há 2 dias
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Em um gesto hostil e desproporcional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30/7) uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. A decisão, vista como um ataque direto à economia brasileira, provocou uma reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que convocou uma reunião de emergência com ministros.
Durante a sanção da lei que proíbe o uso de animais em testes para cosméticos, Lula não poupou palavras ao criticar a postura do governo americano. “Eu estou saindo daqui completo porque eu vou me reunir ali para defender outra soberania. A soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos. Hoje, para mim, é o dia sagrado da soberania”, afirmou o presidente.
Medida injustificável
A decisão de Trump foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a supostas ameaças “incomuns e extraordinárias” à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA. O texto, carregado de acusações contra o governo brasileiro, alega que o país estaria perseguindo politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, o que configuraria “violações graves dos direitos humanos”.
A medida, que instaura uma nova emergência nacional nos EUA em relação ao Brasil, se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977. Trata-se de um mecanismo raramente utilizado e, segundo analistas, completamente desproporcional no contexto atual.
Tarifaço seletivo
Embora a tarifa de 50% tenha sido anunciada como abrangente, Trump excluiu da lista de produtos taxados alguns itens estratégicos para a economia americana. O suco e a polpa de laranja, minérios de ferro, peças de aeronaves (o que beneficia diretamente a Embraer), combustíveis e outros cerca de 700 produtos foram poupados. Por outro lado, setores-chave para o Brasil, como café e carne, foram diretamente atingidos.
Diante do que considera um ataque frontal à economia nacional, Lula convocou para a reunião emergencial o vice-presidente Geraldo Alckmin, que vinha conduzindo as negociações com Washington, além dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O chanceler Mauro Vieira, que está nos Estados Unidos, deve enviar um representante.
A ordem executiva de Trump não apenas afeta a economia brasileira, como também estabelece um perigoso precedente de ingerência externa sob alegações políticas. O governo brasileiro estuda medidas para responder ao que Lula classificou como um verdadeiro atentado à soberania nacional.
O documento completo assinado por Trump pode ser acessado no site oficial da Casa Branca:
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