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Trama golpista: julgamento volta nesta quinta com voto de Cármen Lúcia

  • Foto do escritor: Pra Começo de Conversa
    Pra Começo de Conversa
  • 11 de set.
  • 6 min de leitura

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta o quarto voto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.


A sessão está marcada para começar às 14h.


Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus.


A sessão será retomada nesta quarta-feira (10). Dois ministros já votaram pela condenação de todos os réus aos crimes: Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino. Ainda não foram definidas as penas, mas Moraes sugeriu somar as punições. Dino defendeu penas diferentes, conforme o grau de envolvimento de cada réu.


O ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, propondo a absolvição parcial ou total para os réus. No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, concluiu que não há provas para a condenação.


O que está previsto para esta quinta-feira?


Em uma nova sessão, a Primeira Turma do STF se reúne para ouvir o voto da ministra Cármen Lúcia.


Única mulher entre os ministros da Corte, a ministra é que tem mais tempo de atividade entre os magistrados do colegiado.


Na semana passada, uma pergunta da ministra chamou a atenção na apresentação dos argumentos das defesas.


Cármen Lúcia fez o questionamento no final da fala do advogado Andrew Fernandes, que representa o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.


Ao longo de sua manifestação, o advogado reiterou algumas vezes que seu cliente não tem culpa na tentativa de golpe de Estado e que prova disso é que o então ministro buscava demover o ex-presidente Jair Bolsonaro de quaisquer medidas extremas.


No fim da exposição, a ministra Cármen Lúcia perguntou ao que ele se referia:


"Demover de quê?", questionou a ministra.


"Porque até agora todo mundo diz que ninguém pensou nada, cogitou nada...", completou a magistrada.


"De qualquer medida de exceção", respondeu Fernandes.


O que ocorre depois do voto de Cármen Lúcia?

A Primeira Turma tem outra sessão para a tarde de quinta-feira (11). Além disso, tem mais um dia de julgamentos na sexta-feira (12), das 09h às 19h.


Votos dos demais ministros

Depois do posicionamento de Cármen, será apresentado o último voto, o ministro Cristiano Zanin. A ordem segue a antiguidade no STF. Zanin vota por último por ser o presidente da Primeira Turma.


Decisão por maioria

No julgamento, os ministros avaliam a situação e decidem:


pela absolvição: se isso ocorrer, o processo é arquivado;

pela condenação: se isso ocorrer, será fixada uma pena.

A deliberação - pela condenação ou absolvição - é por maioria de votos. Ou seja, se houver três votos em uma mesma linha será esse o entendimento que vai prevalecer no colegiado.


Divergências

Os magistrados podem pontuar divergências parciais:


podem apresentar argumentos específicos;

podem propor cálculos de penas diferentes;

podem condenar réus que foram absolvidos pelo relator e vice-versa;

podem condenar por alguns crimes, rejeitando a aplicação de alguns delitos.

Pode ocorrer também a divergência total, ou seja:


com o voto de Moraes pela condenação de todos, um ministro pode votar pela absolvição de todos;

Tempo de pena

Uma vez definida a condenação, a próxima etapa é a definição do tempo de pena - a chamada dosimetria.


O cálculo da punição segue um rito que envolve três fases:


primeira fase com a fixação da pena-base, conforme os limites da lei;

na segunda fase, os magistrados avaliam as circunstâncias que atenuam ou agravam a pena;


na terceira fase, são verificadas eventuais causas de diminuição ou aumento de pena.



Trama golpista: julgamento volta nesta quinta com voto de Cármen Lúcia

Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus, como Bolsonaro.

Por Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília


11/09/2025 00h00 Atualizado há 4 horas


Fux vota para absolver Bolsonaro no julgamento da trama golpista; placar está em 2 a 1 pela condenação

Fux vota para absolver Bolsonaro no julgamento da trama golpista; placar está em 2 a 1 pela condenação



A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta o quarto voto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.


A sessão está marcada para começar às 14h.


Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus.


A sessão será retomada nesta quarta-feira (10). Dois ministros já votaram pela condenação de todos os réus aos crimes: Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino. Ainda não foram definidas as penas, mas Moraes sugeriu somar as punições. Dino defendeu penas diferentes, conforme o grau de envolvimento de cada réu.


O ministro Luiz Fux divergiu parcialmente, propondo a absolvição parcial ou total para os réus. No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, concluiu que não há provas para a condenação.


O que está previsto para esta quinta-feira?

Fux diverge e vota por absolver Bolsonaro de todos os crimes

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Em uma nova sessão, a Primeira Turma do STF se reúne para ouvir o voto da ministra Cármen Lúcia.


Única mulher entre os ministros da Corte, a ministra é que tem mais tempo de atividade entre os magistrados do colegiado.


Na semana passada, uma pergunta da ministra chamou a atenção na apresentação dos argumentos das defesas.


Cármen Lúcia fez o questionamento no final da fala do advogado Andrew Fernandes, que representa o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.


Ao longo de sua manifestação, o advogado reiterou algumas vezes que seu cliente não tem culpa na tentativa de golpe de Estado e que prova disso é que o então ministro buscava demover o ex-presidente Jair Bolsonaro de quaisquer medidas extremas.


No fim da exposição, a ministra Cármen Lúcia perguntou ao que ele se referia:


"Demover de quê?", questionou a ministra.


"Porque até agora todo mundo diz que ninguém pensou nada, cogitou nada...", completou a magistrada.


"De qualquer medida de exceção", respondeu Fernandes.


O que ocorre depois do voto de Cármen Lúcia?

A Primeira Turma tem outra sessão para a tarde de quinta-feira (11). Além disso, tem mais um dia de julgamentos na sexta-feira (12), das 09h às 19h.



Votos dos demais ministros

Depois do posicionamento de Cármen, será apresentado o último voto, o ministro Cristiano Zanin. A ordem segue a antiguidade no STF. Zanin vota por último por ser o presidente da Primeira Turma.


Decisão por maioria

No julgamento, os ministros avaliam a situação e decidem:


pela absolvição: se isso ocorrer, o processo é arquivado;

pela condenação: se isso ocorrer, será fixada uma pena.

A deliberação - pela condenação ou absolvição - é por maioria de votos. Ou seja, se houver três votos em uma mesma linha será esse o entendimento que vai prevalecer no colegiado.


Divergências

Os magistrados podem pontuar divergências parciais:


podem apresentar argumentos específicos;

podem propor cálculos de penas diferentes;

podem condenar réus que foram absolvidos pelo relator e vice-versa;

podem condenar por alguns crimes, rejeitando a aplicação de alguns delitos.

Pode ocorrer também a divergência total, ou seja:


com o voto de Moraes pela condenação de todos, um ministro pode votar pela absolvição de todos;

Tempo de pena

Uma vez definida a condenação, a próxima etapa é a definição do tempo de pena - a chamada dosimetria.


O cálculo da punição segue um rito que envolve três fases:


primeira fase com a fixação da pena-base, conforme os limites da lei;

na segunda fase, os magistrados avaliam as circunstâncias que atenuam ou agravam a pena;

na terceira fase, são verificadas eventuais causas de diminuição ou aumento de pena.


Quem são os réus

O julgamento envolve oito réus:


Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Jair Bolsonaro, ex-presidente;

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Sete deles respondem por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.


No caso de Alexandre Ramagem, o processo está suspenso em relação a dois crimes: dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A decisão foi tomada pela Câmara dos Deputados.


Crimes

Os crimes consistem em:


- organização criminosa armada: pratica o delito quem lidera organização de quatro ou mais pessoas, estruturalmente ordenada, com uso de armas, caracterizada pela divisão de tarefas, e que tem o objetivo de cometer crimes;


- abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça", abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais;


- golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído";

- dano qualificado pela violência e grave ameaça: ocorre quando alguém age para destruir, inutilizar ou deteriorar o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;


- deterioração de patrimônio tombado: o crime fica caracterizado quando alguém age para destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial.


Fonte; G1

 
 
 

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